sábado, 25 de fevereiro de 2012

Intitulável

Não chores, amor, tampouco me ame
que o amor não vale o suor derramado

recolha os travesseiros, não reclames
que o beijo não vale mais que o fato

agradeço, porém, nosso trato vedado
que o ato é consumação torpe do Ato

se fordes incapaz de engolir meu dolo
após recolher os travesseiros vá-te

jamais me entregues ao brio afamado

7 comentários:

  1. Brilhante a relação dos sentimentos por baixo da palavra tramada.

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  2. Eis que os frutos literários se apresentam...

    Neste momento, escuso-me de comentar o poema: meu estado de espírito é impróprio...

    Poemas são como canções: há ocasião certa para o deleite, para a apreciação, e, minha estação de espírito é incompatível com o tema, pois o amor (me verdade, a paixão e o sexo) é (ao menos deveria sê-lo) entrega mútua...

    E não tenho me permitido tais sentimentos...

    Bj. do Lobo...

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    1. Ah. caríssimo lupino... na verdade é a negação do amor em sua mais alta instância. a única entrega mútua é fluída o suficiente para ser esquecível ao primeiro trago do cigarro póstumo.
      Permita-se, não se reprima... rs.
      O Dário... que Dário? ui rs

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    2. "a única entrega mútua é fluída o suficiente para ser esquecível ao primeiro trago do cigarro póstumo."

      Hummm... Usas a figuração de estilo de uma forma deliciosa... Bom seria se as coisas, realmente, fossem assim... rs...

      A entrega mútua fluída decorre da flexibilidade de amores líquidos?

      (rs, bateu uma nostalgia dos tempos em que o "análise" estava entre nós, rs...)

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  3. kkkkkkkkkkkkkkkk...

    Em tempo, rs, o Dario adora (ops, cacofonia à vista) ser chamado de Dário... rs...

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  4. Mariana poeteia? E eu nem sabia!!
    Muito legal
    :)

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